Negócio familiar: Saiba os 6 erros comuns ao vendê-lo
Vender uma empresa familiar pode ser um marco financeiro significativo e uma grande transição emocional. Esse processo frequentemente resulta em um evento de liquidez importante, apresentando à família novos desafios na gestão do patrimônio. Embora o aumento de capital possa abrir diversas oportunidades, ele também traz armadilhas potenciais.
Aqui estão seis erros mais comuns que as famílias cometem ao vender seus negócios e o sexto com certeza é o mais importante de ser evitado.
Erro 1: Ignorar as implicações fiscais
A venda de um negócio pode acarretar implicações fiscais significativas. Sem um planejamento cuidadoso, as famílias enfrentam o leão e podem ter várias implicações diante da Receita Federal. No turbilhão de realizar uma transação, é fácil concentrar-se tanto em finalizar o negócio que etapas cruciais do planejamento patrimonial são inadvertidamente negligenciadas ou consideradas muito tarde para serem implementadas.
Antes de assinar uma carta de intenção para vender um negócio, é fundamental considerar algumas etapas importantes e também colocando esses custos dentro do total da transição, ou ao menos saberem que eles existem e quais o seus impactos financeiros.
Erro 2: Negligenciar atualizações no planejamento patrimonial
Se os planos patrimoniais foram elaborados com base na empresa como um ativo, é essencial revisá-los assim que o negócio deixar de fazer parte do portfólio familiar. Ignorar a atualização dos planos patrimoniais pode resultar em ineficiências e conflitos familiares, especialmente no que diz respeito à distribuição dos novos ativos. Como exemplo prático: Uma família vende sua empresa, que era o principal ativo no planejamento patrimonial. O valor da venda foi investido em imóveis e ações, mas o plano não foi atualizado.
Na hora da partilha, os herdeiros se baseiam no plano antigo, que considerava a participação acionária, gerando conflitos e divisão desigual dos novos ativos. Além disso, os novos investimentos possuem regras fiscais diferentes, o que acaba aumentando os impostos. Atualizar o plano evitaria esses problemas.
Erro 3: Não reavaliar as metas financeiras
O cenário financeiro de uma família muda após a venda de um negócio. O que funcionou financeiramente quando a empresa estava em operação pode não ser adequado para gerenciar a riqueza pós-venda. Muitas famílias, colocando o dinheiro da venda em opções de renda passiva e acreditando que isso será suficiente, acabam enfrentando dificuldades ao perceber que o rendimento não cobre suas necessidades.
Colaborando com consultores financeiros, redefinindo seus objetivos e considerando questões como estilo de vida, herança e metas de investimento, é possível planejar um futuro financeiro mais seguro e alinhado às suas expectativas.
Erro 4: Tomar decisões de investimento precipitadas
Com uma grande quantia de capital repentinamente disponível, as famílias podem sentir a pressão para reinvestir essa riqueza rapidamente. No entanto, decisões de investimento apressadas podem resultar em má alocação de recursos. A ausência do negócio, que anteriormente poderia ter sido um grande foco de investimento, pode levar as famílias a diversificar seus investimentos sem a devida pesquisa ou estratégia. O que corrobora com o erro nº 3 de uma falta de alinhamento com consultores de finanças
Erro 5: Subestimar os impactos emocionais e psicológicos
Vender uma empresa familiar não se trata apenas de uma transição financeira, mas também de uma transformação emocional. O negócio frequentemente representa não apenas segurança financeira, mas também um senso de identidade e propósito para os membros da família. Ignorar o impacto emocional e psicológico dessa mudança pode resultar em desafios significativos na adaptação à nova realidade pós-venda.
Muitas pessoas, ao deixarem de trabalhar ou perderem esse sentido de propósito, acabam adoecendo, enfrentando problemas como ansiedade e depressão. Assim, evitar esses erros comuns ao vender uma empresa familiar requer planejamento cuidadoso, orientação profissional e uma compreensão das complexidades financeiras e emocionais envolvidas. Ao abordar essas questões de forma proativa, as famílias podem assegurar seu futuro financeiro e navegar pela transição com confiança e clareza, prevenindo esses equívocos recorrentes e buscando novos caminhos que tragam satisfação e realização
Erro 6. Não planejar com antecedência
No meio de um redemoinho de emoções durante uma transação tão importante, é comum que a atenção se concentre exclusivamente em fechar o negócio, fazendo com que etapas cruciais do planejamento de riqueza sejam negligenciadas ou deixadas para depois. Essa pressa pode resultar em lacunas significativas na estratégia financeira, comprometendo a segurança e o bem-estar da família a longo prazo.
Antes de assinar uma carta de intenção para vender um negócio, é fundamental considerar a avaliação completa dos ativos, a consulta a profissionais especializados e a definição de objetivos claros. Estabelecer um plano de transição que aborde tanto as questões financeiras quanto emocionais é essencial para garantir que a venda não apenas maximize o retorno financeiro, mas também preserve a qualidade de vida e o propósito dos envolvidos.
Contar com a RDV Advogados pode ser um diferencial nessa jornada; estamos prontos para ajudar na construção de uma estratégia sólida e na navegação desse processo complexo.